Monday, January 4, 2016

Arábia Saudita executa aiatolá xiíta, e Irã ameaça com "vingança divina"


Uma casa que nasce sob a ação da espada nunca irá encontrar paz. O islão é o melhor exemplo disso. Maomé forjou o islão na base das chacinas e isso o fez vitorioso. Seus seguidores apenas se espelharam nele. Desde a morte de Maomé, o islamismo tem sido um turbilhão de traições, golpes e contra-golpes na busca do poder. Tem sido muçulmano matando muçulmano bastando que um acusasse o outro de apostasia. A divisão entre sunitas e xiítas, que ocorreu exatamente devido a luta pelo poder, apenas veio agravar esta situação. Este é um dos motivos que apenas ditaduras conseguem se manter no mundo islâmico, e mesmo quando existe algo que se aproxime de democracia, ela só é mantida sob repressão. 
Degolar um aiatolá (xiíta) é algo muito sério. E foi exatamente isso que a Arábia Saudita (sunita) fez. 
Abaixo, a notícia e o seu desenrolar, com atualizações. 
A Arábia Saudita anunciou a execução de 47 prisioneiros condenados por terrorismo, sendo um deles um xeique xiíta, Aiatolá Nimr al-Nimr, um líder da oposição ao governo saudita. Xeique al-Nimr era um herói da comunidade xiíta no leste da Arábia Saudita e dos países do Golfo (exatamente onde existe mais produção de petróleo). A Arábia Saudita acreditava que al-Nimr recebia ajuda do Irã.

Nimr al-Nimr

Com o anúncio da execução, começaram distúrbios "expontâneos" de xiítas em vários países.


Polícia teve que usar jatos de água para conter manifestação no Bahrain

No Irã (foto abaixo), uma turba ensandecida atacou a embaixada da Arábia Saudita em Teerã, quebrando mobília e tacando fogo, até ser dispersada pela polícia. O ministro das relações exteriores do Irã ameaçou a Arábia Saudita, dizendo que ela irá se arrepender do que fez, e que isso levará à destruição da monarquia saudita. O líder-supremo do mundo xiíta, o grande aiatolá Ali Khamenei, o teocrata-supremo do Irã, disse que a Arábia Saudita irá se ver frente à uma "vingança divina." Só não se sabe se será o Irã, ou algum dos seus grupos, quem irá aplicar esta vingança.




O xeique al-Nimr não é nenhum democrata em prol dos direitos humanos. Ele é apenas um clérigo que deseja que os países sejam governados pela Sharia, a versão xiíta, claro, o que não faz diferença alguma para nós, infiéis.

Agora é ver se algo acontece de mais sério ou se isso apenas serve para aquecer mais a região. O Irã poderia fechar o Estreito de Ormuz, por onde passa a produção do óleo saudita. A Quinta Frota dos EUA está situada exatamente no Golfo Pérsico.

Na melhor das hipóteses, os sauditas criaram um mártir para ser usado politicamente contra eles.

Um desdobramento da situação, o ministro das relações exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, anunciou o rompimento de relações com o Irã, dando 48 horas para que os diplomatas iranianos deixem o país.

Manifestantes xiítas promovem a já tradicional queima das bandeiras dos EUA e de Israel (mesmo quando os dois não estão envolvidos no assunto): deve haver falta de bandeiras da Arábia Saudita para queimar

4 de janeiro

Bahrain e Sudão cortam relações diplomáticas com o Irã em represália ao ataque à embaixada da Arábia Saudita em Teerã. Os Estados Árabes Unidos reduziram o número de diplomatas (RT)

Arábia Saudita corta todos os todos os laços comerciais com  Irã, incluindo voos (RT). Isso é interessante, pois o Irã já havia proibido seus habitantes muçulmanos de irem até Meca para a hajj (peregrinação), dizendo que ira até a cidade de Homs, no Irã, é o suficiente. Esta medida da Arábia Saudita afeta os xiítas que vivem no reino saudita.

Líder supremo do Irã, aiatolá Kamenei, Ali Khamenei, comparou a Arábia Saudita ao Estado Islâmico. Ele está correto. Contudo, o Irã não fica atrás. A diferença é que o Irã usa o enforcamento para levar a cabo as suas punições de oponentes ao invés de degolá-los. E o motivo são os mesmos (ser contra o regime, ser ex-muçulmano, expalhar corrupção na terra). Ou seja, é o roto falando do esfarrapado, e o sujo do mal-lavado.

Execução na Arábia Saudita e Estado Islâmico

Execução no Irã

Artigo no JPost especula que confronto direto entre Arábia Saudita e Irã é, no momento, improvável. Mas destaca que espera-se um recrudescimento das guerras indiretas, como na Síria Iraque, Iêmen, e mesmo no Líbano (no Iêmen, a Arábia Saudita interveio diretamente contra os rebeltes Houtis, que são apoiados pelo Irã). 


3 comments:

  1. Muito esclarecedores seus artigos. Eu já acreditei que islâmicos eram injustiçados mas tenho questionado isso.
    A onda de violência e abuso sexual contra mulheres na Alemanha no Ano Novo, por refugiados é algo alarmante. Se nada for feito pra conter esse comportamento medieval, perderemos nossa liberdade.

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  2. O que NÃO É dito no ocidente, é que a Arábia Saudita invadiu o Iêmen, e está fazendo operações militares por lá desde a metade do ano passado.

    http://www.alarabiya.net/ar/saudi-today/2016/01/08/%D9%85%D9%82%D8%AA%D9%84-3-%D8%A3%D8%B4%D8%AE%D8%A7%D8%B5-%D9%81%D9%8A-%D8%AC%D8%A7%D8%B2%D8%A7%D9%86-%D8%A8%D8%B3%D9%82%D9%88%D8%B7-%D9%85%D9%82%D8%B0%D9%88%D9%81%D8%A7%D8%AA-%D9%85%D9%86-%D8%A7%D9%84%D9%8A%D9%85%D9%86.html

    Existem acusações de que teria havido até o uso DE ARMAS NUCLEARES TÁTICAS de baixa potência contra as militâncias Xiitas.

    https://www.youtube.com/watch?v=OTE_Eshm2xw

    https://www.youtube.com/watch?v=KoRIWXpHoxg

    https://www.youtube.com/watch?v=Q2PFeDwjakc

    Esses loucos vão explodir o mundo.

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  3. *

    Satânicas cobras
    e autofágicos islâmicos
    próprio rabo engolem?

    - FLASh

    https://nacoesunidas.org/siria-onu-descreve-situacao-em-madaya-como-abominavel-e-pede-acesso-imediato-a-cidade-sitiada/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ONUBr+%28ONU+Brasil%29

    .

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